Nesta quinta-feira (5), a “Dercy Gonçalves do
Maranhão”, Patativa, completou 80 anos.
Moradora do bairro da Vila Embratel,
em São Luís, Palavrão é cana doce na boca da sambista, cantora e compositora
Patativa.
O nome é Maria do Socorro
Silva, mas ela não gosta do nome, prefere sempre Patativa. Desde os 20 anos,
anda com um galho de arruda atrás da orelha para quebrar o mau-olhado, a
inveja. Nasceu na mesma cidade de João do Vale, Pedreiras, há 80 anos.
Toda a irreverencia da
compositora está presente nas letras de suas músicas. Patativa conseguiu revalidar
a figura do sambista malandro, intuitivo, forjado na boemia (na nobre linhagem
de Moreira da Silva, Bezerra da Silva e outros), como também por imantar de uma
consciência feminista um universo coalhado de significados masculinos.
“Sai daí nego
indecente/educação Deus não te deu/tu morre de dente seco/mas não pega xiri
meu”, canta a sambista, como se afirmasse que a mulher se doa a quem quiser,
não a quem a quiser.
As letras das composições dela são geralmente
curtas, precisas, como se fossem haicais da malandragem.
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